Localizados entre o golfo Pérsico e
o mar Cáspio, hoje
sendo o atual Irã (Planalto do Irã), os persas estabeleceram uma das mais
expressivas civilizações da Antiguidade e possui extensão do território na
Europa, África e Ásia. O império Persa é caracterizado por regiões desérticas,
montanhosas e litorâneas, com clima seco e grandes oscilações de temperatura.
Por volta de 550 a.C., um príncipe chamado Ciro realizou a dominação do Reino
da Média e, assim, iniciou a formação de um próspero reinado que durou cerca de
vinte e cinco anos. Nesse tempo, este habilidoso imperador também conquistou o
reino da Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia
Menor e a Babilônia.
O processo de expansão inaugurado por Ciro foi restabelecido pela ação
do imperador Dario, que dominou as planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse
momento, dada as grandes proporções assumidas pelo território persa, este mesmo
imperador viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma administrativa. Pelas
mãos de Dario, os domínios persas foram divididos em satrápias, subdivisões do
território a serem controladas por um sátrapa (unidades administrativas).
O sátrapa tinha a importante tarefa de
organizar a arrecadação de impostos e contava com o auxílio de um
secretário-geral e um comandante militar. Para resolver os constantes problemas
oriundos da cobrança de impostos, Dario estipulou a criação de uma moeda única
(dárico) e a construção de um eficiente conjunto de estradas. Por meio
destas, um grupo de funcionários, conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”,
fiscalizavam o volume de arrecadação de cada satrápia.
Essas ações garantiram o
desenvolvimento de uma bem articulada economia baseada no comércio entre as
várias cidades englobadas pelo império persa. Ao mesmo tempo,
precisamos destacar que os padrões e regulamentos estabelecidos pelo próprio
Estado foram responsáveis pela manutenção de um eficiente corpo administrativo
e a realização de várias obras públicas. Somente após a derrota nas Guerras
Médicas é que passamos a vislumbrar a desarticulação deste vasto império.
Em relação à vida religiosa da civilização persa, seguidores dos
ensinamentos do profeta Zoroastro, acreditam na oposição entre duas divindades
(Mazda, o deus do Bem, e Arimã, o deus do Mal) e no fim dos tempos.
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No primeiro grande período da arte persa, durante o
reinado dos Aquemênidas, a escultura ganhou uma característica monumental.
Perto de 515 a.C., Dario I, o Grande mandou esculpir um grande painel em
baixo-relevo e uma inscrição gravada na rocha das encostas de Behistun.
Durante o período aquemênida, as artes
decorativas passaram a ser empregadas nos artigos de luxo, como ornamentos e
vasilhas de ouro e prata, jarros de pedra e jóias trabalhadas. A produção de tecidos foi uma importante indústria do período sassânida. Os desenhos incluíam sobretudo motivos animais, vegetais e de caça dispostos de forma simétrica, situados dentro de medalhões.
Em várias obras, influenciadas pela esfera política, monumentos e outras
construções, há reproduções que homenageiam a vida e os importantes feitos dos
reis. No campo arquitetônico, os palácios persas eram dotados por uma complexa
gama de elementos de decoração e jardinagem. Segundo algumas pesquisas, os persas
construíram alguns de seus palácios através da escavação de grandes rochas.
O que predominou nas manifestações artísticas foi a cerâmica e pequenas
figuras de argila, apesar da grande importância que a arquitetura e a
escultura caracterizavam durante os períodos persas: o aquemênida e o
sassânida (séculos VI a.C. - VII d.C.). a escultura perdeu lugar para a
arquitetura, que conheceu a partir de então um período de grande esplendor.
Entre os primeiros exemplos da arquitetura persa, destacam-se pequenas casas feitas à base de argamassa e tijolos de barro cru e secos ao sol, descobertas em várias obras neolíticas do ocidente do Irã. As escavações realizadas em Tal-i Bakun, próximo a Persépolis, e em Tal-i Iblis e Tepe Yahya, próximo a Kerman, mostram como as construções eram feitas em torno de 4000 a.C., agrupadas em povoados ou pequenas cidades.
O primeiro momento de grande desenvolvimento da arquitetura persa tem
lugar com a dinastia dos Aquemênidas (550 a 331 a.C.). Os indícios são
numerosos, sendo os mais antigos as ruínas de Pasárgada, a capital do reinado
de Ciro II, o Grande. Dario I, o Grande construiu uma nova capital em
Persépolis, cidade que mais tarde seria ampliada por Xerxes I e
Artaxerxes I (465-425 a.C.).
Após a conquista da Pérsia por Alexandre Magno em 331 a.C. e a chegada ao poder da dinastia selêucida, a arquitetura persa imitou o estilo característico do mundo grego.
Com a dinastia sassânida, que governou a Pérsia de
226 d.C. até a conquista do Islã em 641, teve lugar um importante renascimento
arquitetônico. Entre os principais vestígios conservados, estão as ruínas dos
palácios cupulados de Firuzabad, Girra e Sarvestan e as amplas salas abobadadas
de Ctesifonte.
Do séc. IV ao VI a.C., todo o Oriente Médio é unificado no Império
Persa. O território examinado até aqui - desde o Egito até o vale do Indo -
goza assim de um período de paz e administração uniforme, que permite a
circulação dos homens, das mercadorias, e das ideias de uma extremidade à
outras.
Na residência monumental dos reis persas - conhecida pelo nome grego
Persépolis - os modelos arquitetônicos dos vários países do império são
combinados entre si dentro de um rígido esquema cerimonial. Além das cidades
dispostas em aspectos de aldeias construídas de tijolos.
Nesse
vídeo mostra uma introdução sobre a origem e a história Persa, se aprofundando
na arquitetura e os métodos que os governantes utilizavam para um excelente e marcante desenvolvimento do Império Persa.
E ficará
por dentro de tudo que tem por trás das obras mais surpreendentes da história,
e que são admiradas até os dias de hoje.
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