Quando pensamos no Egito, três imagens nos vem a
cabeça: as pirâmides, o deserto e o impressionante rio chamado Nilo. A sua
origem não pode ser estudada como em outras cidades, pois seus estabelecimentos
mais antigos foram eliminados pelas enchentes anuais do Nilo. Muitas populações
se instalaram as margens desse rio. Mas viver perto do Nilo, tinha seus altos e
baixos. Nas estações chuvosas, as águas subiam tanto que todas as terras ao
redor ficavam inundadas, mas quando a terra baixava se tornava ideal para a
agricultura, o solo ficava muito mais fértil.
Há milhares de anos os povos nômades começaram a se
fixar e a construir suas casas ao redor do Nilo. Assim, nasceu o antigo Egito.
Os egípcios aprenderam a cultivar as terras ricas e férteis, isso fez com que
eles não precisassem ir atrás de comida, ficando assim em um único lugar.
Plantando todos os alimentos que precisavam.
O Nilo trouxe aos egípcios um outro benefício, o
comércio. Os alimentos e outros bens produzidos por eles eram transportados em
barcos ao longo do rio, assim o Nilo se tornou importante via para o transporte
de mercadorias e pessoas, facilitou as negociações e fez dos egípcios um povo
muito rico.
Os faraós egípcios acreditavam que construindo
monumentos colossais mostrariam sua grandeza ao longo dos tempos. Cada faraó
construía monumentos fantásticos para os deuses ou para si mesmo.
Assim, as cidades mais recentes se caracterizam por
monumentos de pedra, tumbas e templos, não pelas casas e pelos palácios
nivelados sob os campos e as habitações modernas.
A documentação arqueológica revela a civilização
egípcia plenamente formada depois da unificação do país, no final do IV milênio
A.C. Segundo os documentos encontrados nas primeiras tumbas reais explicam que
o soberano no poder conquistou as aldeias precedentes e absorveu os problemas
mágicos das divindades locais.
O soberano do Egito não era um simples representante
de um Deus, e sim o próprio deus, responsável pela fecundidade da terra e pelas
grandes inundações do Nilo que ocorre anualmente. O faraó tinha o domínio sobre
o país inteiro e recebia um excedente de produtos bem maior que o dos
sacerdotes asiáticos.Com estes recursos ele construía as obras públicas, as
cidades, os templos dos deuses, e principalmente sua tumba monumental, que
simboliza a sua sobrevivência além da morte e garante, com a conservação do seu
corpo, a continuação de seu poder em proveito da comunidade.
A medida que o Egito se torna mais populoso e mais
rico, estas tumbas aumentavam sua imponência, embora sua forma externa
permaneça bastante simples e similares as anteriores, elas ganham tamanho e a
maior, a de Quéops da IV Dinastia, chega a medir 225 metros de lado e quase 150
metros de altura; exigindo o trabalho de cem mil pessoas durante vinte anos.
Quase 3000 anos antes de Cristo, o rei Menés criou
uma capital Mênfis e unificou os reinos do alto e do baixo Egito. O antigo
Egito ficava numa posição privilegiada, de um lado o deserto imenso os protegia
dos ataques do sul e do outro lado o rio Nilo fornecia alimentos e permitia o
comercio e contato com outras aldeias.
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No Egito
encontramos um contraste entre as duas realidades: os monumentos como uma
cidade independente, divina e eterna, que domina e torna insignificante a
cidade transitória dos homens. A cidade divina é construída de pedra, para
permanecer imutável no curso do tempo; é povoada de formas geométricas simples:
prismas, pirâmides, obeliscos, ou estátuas gigantescas, habitada pelos mortos,
feita para ser vista de longe, como fundo sempre presente da cidade dos vivos.
Esta, ao contrário é construída de tijolos e consistia em uma morada
temporária. Grande parte da população tinham de morar nos acampamentos que os
arqueólogos encontraram juntos aos grandes monumentos, e que eram abandonados tão
logo terminassem o trabalho.
Manter a unidade do Egito foi difícil para os
governantes, já que havia muitos inimigos que queriam invadir suas terras e
roubar as riquezas.
Com o passar dos séculos, o poder dos faraós
egípcios começou a diminuir por causa de várias disputas internas. Como
resultado, os egípcios foram sendo dominados por poderosos impérios vizinhos,
primeiro pelos Persas, depois pelos macedônios e em seguida pelos romanos.
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